Essa é a segunda parte do bate-papo com Michel Jasper (ouça o episódio 97 para conferir a primeira parte). Ele e a mulher decidiram vender tudo para ter uma vida nômade. Agora ele viaja pelo mundo visitando lojas de varejo e compartilhando o que vê através de mídias sociais @micheljasper. Neste episódio, eu e Fernanda Vasconcelos, conhecemos mais sobre essa jornada itinerante e sobre como anda o varejo mundo afora.

A história de Michel Jasper como nômade digital começou quando ele e sua esposa decidiram vender todos os seus pertences, incluindo casa e carros, para embarcar em uma vida itinerante. A motivação por trás dessa decisão surgiu quando eles perceberam que, apesar de terem uma empresa de tecnologia com escritório e sede fixos, a maioria de seus funcionários trabalhava remotamente, e eles mesmos frequentemente optavam por trabalhar em casa. A falta de necessidade de um local físico para operar a empresa levou-os a questionar por que continuavam mantendo uma residência e outros bens. Assim, em um ato ousado, decidiram vender tudo e começar sua aventura nômade.

Uma característica marcante dessa jornada é a forma como Michel e sua esposa exploram o mundo do varejo em suas viagens. Eles visitam uma variedade de estabelecimentos, incluindo supermercados, lojas de conveniência e outros segmentos de varejo, observando de perto as estratégias e as práticas em diferentes países.

Diferentes níveis de maturidade tecnológica no varejo

Uma das principais distinções que Michel destaca é a maturidade tecnológica do varejo fora do Brasil. Ele observa que o uso de tecnologia, como caixas de autoatendimento (self-checkout) e etiquetas de preço eletrônicas, é muito mais avançado em outros países. Essas tecnologias estão amplamente difundidas e são usadas com eficiência para melhorar a experiência do cliente e a eficiência operacional.

Ele relata que o self-checkout é mais comum e eficaz em locais fora do Brasil, com filas mais curtas e maior automação. As balanças são automatizadas e os clientes são incentivados a realizar muitas tarefas por conta própria. Além disso, a sinalização nas lojas é altamente desenvolvida, tornando mais fácil para os clientes encontrar produtos e entender as promoções.

Outra tendência que Michel observa em suas viagens é a criação de experiências imersivas de marca dentro das lojas. Isso é especialmente comum nos Estados Unidos, onde as marcas se associam a varejistas para oferecer ambientes que vão além de meros pontos de venda.

O futuro do varejo

Ao avaliar o estado atual do varejo em diferentes partes do mundo, Michel destaca que o setor está evoluindo rapidamente. Ele acredita que o próximo grande boom no varejo será o mercado de vizinhança, com lojas menores e uma oferta mais adaptada às necessidades dos consumidores locais. Ele observa que essa tendência já está se manifestando em países como os Estados Unidos e a Europa, e antecipa que ela também se tornará relevante no Brasil.

O varejo é um setor dinâmico e em constante evolução, onde a tecnologia desempenha um papel fundamental na melhoria da experiência do cliente e na eficiência operacional.